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Como ajudar o filho com os estudos sem atrapalhar
Segunda-feira, 29 de novembro de 2010
 
 

Especialistas mostram que há limites para pais auxiliarem filhos na escola. As donas de casa Sônia Perpétua Fogiato, e Lialis Linhares, ambas de 44 anos, não dão folga quando o assunto é acompanhar os estudos de seus filhos. As duas chegam a sofrer junto com eles em época de provas. Além de praticamente “estudar” ao lado das crianças, as duas têm o costume de tomar a matéria e auxiliar com pesquisas na internet.
Sônia é mãe de Juliana, de 11 anos, que estuda na 6.ª série do Colégio Novo Ateneu. A mãe chega a elaborar provas caseiras, passa matérias para o computador e estuda cerca de três horas por dia ao lado da filha. “Ela não reclama. A gente se entende bem e o estudo ajuda na nossa relação de mãe e filha. Não é estressante e ela não é dependente. Ela também estuda sozinha no quarto”, ressalta. Sônia diz que a fórmula tem dado certo e o desempenho de Juliana está cada vez melhor na escola. “Não cobro nota dez dela, mas ela é muito perfeccionista e acha que sempre precisa melhorar”, afirma a mãe.

Já Lialis é mãe de Lucas, 10, e Léo, 7, que estudam no Colégio Positivo. A rotina dela é terminar o almoço e após um pequeno descanso colocar os meninos para fazer a tarefa de casa. “Sou considerada por eles uma mãe muito chata. Sou muito presente e cobro responsabilidade”, diz. Nesta semana de provas finais, a rotina dos três é um pouco mais estressante. Além da tarefa de casa, os meninos precisam revisar todo o conteúdo abordado da matéria que será alvo de avaliação no dia seguinte. “Ontem o Léo teve prova de inglês e eu tomei a matéria na cama, antes dele dormir para conferir se ele sabia tudo mesmo”, diz.
Mas até que ponto a ajuda dos pais pode atrapalhar nos estudos? Segundo especialistas, o ideal é ensinar a criança a ter autonomia e hábitos de estudos desde cedo. Para a doutora em Educação e especialista em Psicopedagogia Evelise Portilho, professora de Pedagogia e do Mestrado em Educação da Pontifícia Univer­sidade Católica (PUCPR), a família deve ajudar o filho a aprender a se organizar, verificar como está o ritmo da criança e ajudar que ele escolha o horário e local para estudar. “A família tem de ser parceira não só da escola, mas também da criança. Quando a criança precisar de ajuda para a compreensão de algum conteúdo, os pais podem auxiliar, mas nunca fazer a tarefa pela criança”, diz.
A pedagoga, psicopedagoga e mestre em Educação Laura Monte Serrat lembra que quando há questões que a criança ou os pais não conseguem responder durante a tarefa de casa, o correto é retornar para a escola e sanar as dúvidas com o professor, em sala de aula. “O importante não é só entregar a tarefa correta e pronta. O importante é aprender e é papel da escola auxiliar na aprendizagem”, diz. A pedagoga e diretora do Colégio Novo Ateneu, Vera Julião, ressalta que os pais têm de entender que não são professores dos alunos e que essa falta de compreensão pode gerar alguns conflitos. “É aí que os filhos começam a dizer que a professora ensinou diferente. As dúvidas precisam ser resolvidas com o professor”, diz.
Mesmo sem morar na mesma casa do filho, o empresário Fábio Pos­­tiglione, 44, cobra a responsabilidade de fazer a tarefa de casa de Gabriel, 12, que estuda na 6.ª série do Colégio Sion. O garoto passa os fins de semana e almoça duas ve­­zes por semana na casa do pai. “Quero sempre saber como ele está na escola. Sempre peço para ele exer­­citar aquilo que aprendeu na sala para eu acompanhar”, comenta. Fábio conta que Gabriel tirou uma nota vermelha em Mate­mática neste ano. “Fiquei bem em cima, fui conversar com a coordenadora e deu resultado. A nota melhorou e o boletim veio até com elogio”, diz.
A pedagoga Jucemara da Costa Carvalho, do Centro de Pesquisas do Colégio Bom Jesus, afirma que nos casos de dificuldade de aprendizagem por parte da criança, a família tem de buscar ajuda na escola e, se for o caso, ser encaminhada para um profissional.

 

Fonte: Gazeta do Povo

 
 
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